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ROTEIRO "POD ARMYS" – PROGRAMA N° 09 - Preservação da Amazônia

  • podarmys
  • 4 de mar. de 2024
  • 27 min de leitura

Host: Larissa


Oradora 2: Aurora

Oradora 3: Juliana


Anfitrião: POD_ARMYS


Convidados Responsáveis: Army Help The Planet


Roteiristas: Yris Soares e Larissa Gralha


Apoio de Roteiro: Fernanda Guadalupe


Revisão: Laura Barros




Oradora LARI :  Boa noite Armys, eu sou a Larissa, e serei a mediadora de vocês neste episódio, ou seja vou conduzir vocês neste mundinho que é o POD_ARMYS / Aqueles que já conhecem o POD, sentiram saudades? Pois, eu estava morrendo de saudades. Vocês sabem que eu adoro estar aqui com vocês. E para aqueles que estão chegando agora, a gente está iniciando o EP de número 9, sejam bem vindos. / Antes de prosseguir, uma comprovação científica; se subtrair um do nove, ele vira oito, como o BTS é um todo de sete, mas com os armys vira um todo de oito, isso me dá deixa para falar que… BTS até depois de 2025, pega essa renovação de contrato! BTS, tamo junto, JJ. / Outra coisa, só para situar o pessoal, no Ep passado falamos que o Yoongi ainda não tinha ingressado no exército, porém no dia seguinte ele começou seu serviço militar, então estamos informando aqui para que a informação do episódio anterior não fique incompleta, caso alguns de vocês que ainda não tenham escutado o episódio 8 e forem ouvir. Que ele fique bem, com saúde e logo nosso ot7 estará juntinho novamente.


Oradora LARI :  Bom gente, no programa de hoje vamos falar de um assunto muito importante, na verdade de um local que se tornou palco de diversos assuntos importantes e que eu tenho orgulho de falar que a maior parte desse local está aqui, em solo brasileiro/  Se você leu nosso post de divulgação já sabe de quem eu tô falando, agora, se caiu de paraquedas aqui, o EP de hoje vai ser sobre a Amazônia, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo!/ E quem vai dialogar conosco nesse EP será a Juliana, que está quase se formando nesse semestre em engenharia ambiental e que também faz parte do ARMY HELP THE PLANET, que é atualmente a maior fanbase dos meninos que atua como ONG dedicada ao desenvolvimento de projetos de cunho social e ambiental./ E a Aurora, nossa integrante do POD, que já foi co-host em alguns eps junto comigo, uma jornalista que pesquisa e fala sobre a Amazônia e, principalmente, vive nela/


Oradora LARI :  E se você está perguntando “Nossa, Lari", mas por que um EP sobre a Amazônia? O que o BTS e o ARMY tem a ver?”. É simples gente, o BTS está sempre apoiando, doando e se preocupando com as questões sociais e ambientais que ocorrem na Coreia e em outros locais também/ E isso nos mostra que devemos nos preocupar com as questões que atingem a nossa sociedade, ao nosso redor e principalmente o nosso país. Não sendo só o BTS, os armys também carregam um grande poder de mudança nas suas mãos, e colocarmos em pauta a nossa biodiversidade está sendo cada vez mais importante. Defender o que é nosso se tornou importante. E por isso temos o EP de hoje, para falar  da Amazônia, do que ela precisa, das campanhas em prol das florestas feita pelos armys e o quanto elas são importantes./  E quem vai falar melhor sobre tudo isso é a Aurora, é com você meu bem!//

  

Oradora AURORA : Primeiramente, boa noite Lari, boa noite Juliana e boa noite armys ouvintes de todo Brasil! Eu estou muito grata por estar novamente como oradora do POD e dessa vez com um peso maior/ De falar como uma pessoa Amazônida e falar sobre o que de fato acontece aqui e como as ações que os armys fazem, as campanhas em prol da nossa casa, pois a amazônia é a minha casa, são essenciais./  


Oradora AURORA :  E para a gente falar sobre as campanhas, sobre os movimentos que as ongs como a ARMY HELP THE PLANET realizam, é necessário antes de tudo entender o que está acontecendo com a Amazônia e entender todo o enredo dos acontecimentos que estão afetando uma das principais composições do meio ambiente./ Por isso, para iniciar a nossa conversa, eu convido a Juh a falar um pouco da trajetória dela, da relação dela com o meio ambiente e de como ela se tornou engenheira ambiental/ Seja bem vinda Juh! O microfone é todo seu//


Oradora JULIANA :  Boa noite gente! É um prazer estar aqui no POD pela primeira vez e poder falar um pouco da minha experiência profissional e da nossa amazônia/ E para contextualizar um pouco para vocês sobre como que eu fui parar na engenharia ambiental, eu preciso já começar dizendo que fui uma pessoa que estava deslumbrada com tecnologia a ponto de até fazer um curso técnico de informática. Porém, ao me deparar com problemas ambientais percebi que não poderia apenas ignorar e decidi estudar mais sobre isso para tentar contribuir de alguma forma. Inicialmente minha mentalidade era: precisamos de mais tecnologia para solucionar os problemas ambientais. E, spoiler, conforme fui fazendo o curso de Engenharia Ambiental fui mudando cada vez mais essa percepção.//


Oradora LARI : Que incrível a visão que você teve Juh, e que bom que seguiu com isso / E percebam, meus caros ouvintes, que ela sempre esteve pelo campo de exatas, seja na área da informática ou da própria engenharia. Parabéns pela coragem juh! Pois eu não sou muito bom nessa área! Armys, eu não sei até hoje alguns resultados da tabuada! / Brincadeiras  a parte, conta pra gente como foi entrar no curso de fato e quais as percepções que você passou a ter de todo o cenário ambiental.//


Oradora JULIANA:  Bom Lari, voltando um pouco, antes de começar a graduação, quando comentei que estava prestando vestibular para esse curso de Engenharia Ambiental, um conhecido que estudou em escola particular a vida inteira, perguntou para mim, uma pessoa que estudou em escola pública a vida inteira; “Você vai querer ir trabalhar lá no meio da floresta, na Amazônia?”/ E a pergunta dele não foi apenas uma simples pergunta. Porque o tom dele era carregado de preconceito e escárnio, se achando melhor por fazer outra área da engenharia. Como se quem fizesse esse curso só pudesse trabalhar “no meio do mato”, como se trabalhar lá na Amazônia ou em qualquer outra floresta fosse algo inferior.// 


Oradora JULIANA:  E naquele contexto nós éramos 2 paulistanos, que ao termos esses 5 minutos de conversa percebi o quanto nossa visão de mundo era diferente, ainda que tenhamos crescido na mesma cidade. E mesmo ele, que vem de uma rede de ensino particular que se tem esse ideal de ser mais “livre” e de “qualidade”, um assunto simples e que impacta a nossa vida é tratado com desprezo e pouca visibilidade. / Estou citando essa conversa por acreditar que ela seja uma síntese do que está acontecendo hoje na sociedade. Além disso, percebam que sou uma pessoa de outra cidade que ainda não teve oportunidade de conhecer a Amazônia, mas que teve a oportunidade de fazer um curso da área ambiental na Unicamp. E o que eu concluo disso é que esbarramos em 3 problemáticas/ A primeira é de que nossa percepção sobre o que é meio ambiente está distorcida. A segunda de que a educação não está sendo suficiente para entendermos nossa própria realidade. E a terceira, de que o  status social não é sinônimo de inteligência.//


Oradora JULIANA:  Se fosse responder a ele atualmente, diria que o meio ambiente é mais amplo do que uma floresta. Está presente na água que bebemos, no alimento que ingerimos, no ar que respiramos, no celular do podcast que ouvimos. Isso ocorre de várias formas: seja pela extração da matéria-prima, pela manipulação da energia ou pelos serviços ecossistêmicos. A tecnologia foi desenvolvida pelo homem que precisou de condições ambientais muito pontuais para chegar até aqui. O meio ambiente é o que nos dá a condição primordial da vida, não conseguimos nos isolar totalmente, mesmo morando em cidades hiper tecnológicas. 


Oradora LARI :  Tudo isso que você falou é realmente a realidade que acontece em muitos locais do nosso Brasil. Como uma pessoa que também nunca visitou, eu acredito que temos sim formas de ajudar a amazônia e de termos informações sobre o que acontece lá sem sermos esse tipo de pessoa, que tira sarro ou tem falas tecidas de xenofobia/ Mas acredito que não tem pessoa melhor para falar sobre essa questão do que a Aurora. É com você amiga!// 



Oradora AURORA:   Bom gente, quando falamos de Amazônia  e de como tudo o que está acontecendo, as mudanças climaticas, o desmatamento e a extração ilegal de madeira vem afetando as terras e os rios que existem dentro da floresta, precisamos falar primeiramente dos povos que nela habitam/  Quando a Juh cita a forma que aquela pessoa falou da Amazônia e como o preconceito está enrraizado em suas falas, o que mais me afeta não é  a falta de voz que o povo amazonida tem, porque nós temos voz sim! O que me afeta é o silenciamento e a invalidação de tudo que acontece no norte e que não só o governo, mas a mídia também ignora/  O norte é uma pluralidade de povos, são indígenas, quilombolas, pessoas que lutam por seus direitos e que são mortas por lutarem por suas terras e sua casa. No Pará, onde eu moro, o índice de mortes de ativistas, indígenas e líderes do movimento sem terra, o MST é alarmante. Um dos exemplos que dou aqui é a mineração ilegal, que  está acabando com o nosso povo  e destruindo nossos rios! O rio tapajós, um dos mais importantes e que passa por terras indígenas e é fonte de alimento para muitas pessoas está morrendo e isso não é noticiado//


 Oradora LARI :   Sim Aurora, infelizmente as problemáticas que ocorrem dentro da  Amazônia quase não são vistas e mostradas para aqueles que não vivem perto ou não tem tanto conhecimento sobre. A destruição causada pelo minério é realmente muito alarmante e  a gente pensa que não, mas isso pode afetar não só o Brasil, como toda a América Latina e posteriormente, o mundo/ Não é Juh? Explica pra gente sobre a mineração que ocorre vorazmente no nosso bioma e seus impactos//


Oradora JULIANA: Bom Lari, a extração do ouro envolve um metal prata chamado mercúrio. Utilizado na separação do ouro, após finalizar o processo, os rejeitos são descartados sem tratamento em rios próximos a esses garimpos ilegais. Mas o problema ocorre a partir do momento que o mercúrio se transforma em alguns compostos orgânicos altamente tóxicos, que além de se acumular nos organismos, também passa por níveis tróficos até chegar no topo da cadeia alimentar, o ser humano// 


Oradora JULIANA:  O mercúrio é capaz de provocar danos graves a quem está exposto, por ter acumulação progressiva e irreversível, podendo afetar sistemas como digestivo, renal, cardiovascular, respiratório e nervoso, então pode atingir diversos órgãos/ Como a Aurora falou, os indígenas e ribeirinhos são os mais afetados por morarem próximos dessas atividades, porém não são os únicos, porque o mercúrio tem outra característica importante: a volatilidade/  Isso significa que ele é um metal transportado facilmente para a atmosfera e pode percorrer longas distâncias e depois voltar para o solo e águas, reiniciando esse amplo ciclo biogeoquímico, que só é interrompido quando retorna para as rochas/  E para agravar ainda mais a situação, o mercúrio também tem outras forma de ser solto no ecossistema, como através das queimadas de florestas que possibilitam o deslocamento do elemento que está preso nas árvores e o desmatamento junto a erosão do solo superficial exposto para a atmosfera.//


Oradora JULIANA:   E é nesse momento que entramos na questão da importância das florestas. Elas têm diversas funções: além de reter mercúrio e dióxido de carbono, a floresta Amazônica também é capaz de influenciar as chuvas na América do Sul, pois o volume de água adicionado é significativo, gerando um aumento de até 60% de umidade em Ribeirão Preto, por exemplo, que é uma cidade aqui em São Paulo. Então aumenta o potencial das chuvas no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Olha esse poder! A Amazônia é ou não é incrível, gente?! Então essa modificação causada pela Amazônia na quantidade e qualidade das águas nos rios dessas regiões (desde o Centro-Oeste, passando pelo Sudeste e indo até o Sul do Brasil), tem os seus rios e reservatórios abastecidos pelas chuvas formadas pela transpiração das árvores de lá da Amazônia, lembrando também que esses reservatórios produzem energia elétrica pelas hidrelétricas, inclusive no último relatório do Balanço Energético Nacional de 2022 revelou uma diminuição na produção de energia pelas hidrelétricas que teve uma queda de 7%, passando de 60% para 53% de 2020 para 2021 de energia gerada na matriz elétrica do país, e isso foi causado pela escassez de chuvas em 2021.  E com a destruição desses rios e florestas, todo o nosso clima e sistema acabam sofrendo. Ah! Vale dizer também que as florestas são muito importantes no ciclo de nutrientes do solo. E as florestas nativas centenárias ou milenares, como é o caso da Amazônia, criam raízes e conexões mais profundas, mais robustas, quando comparadas às florestas artificiais. //


Oradora LARI : Olha, a gente também não pode esquecer que a Amazônia é o habitat de uma mega fauna e flora, formado por vários ecossistemas com espécies que só existem ali, além de ser lar para as populações tradicionais, sustentando diversas culturas. Todos os seres vivos participam no processo de construção e manutenção dessa floresta, seja por meio da decomposição, polinização ou plantações. Tem várias espécies benéficas para a saúde humana tanto como remédios naturais como de alimentos./  Inclusive, o Tae falou que come açaí quando está cansado e acha que faz bem para os olhos. Nossas frutas e temperos são mundialmente conhecidos. Um exemplo é o guaraná, que os brasileiros gostam de mostrar pros estrangeiros e se gabar de como aqui tem mais frutas e como somos abençoados.//


Oradora JULIANA:   Sim Lari, mas apesar de toda essa riqueza,  infelizmente a floresta amazônica está passando por uma perda constante de  resiliência,  que seria a capacidade de se recuperar, de se regenerar/ Em alguns locais ela já está passando pelo processo de savanização em que fica com uma vegetação rarefeita, ambiente mais seco, temperatura mais alta e com menor biodiversidade, a paisagem seria parecida com o Cerrado./ Inúmeras espécies estão sendo extintas sem nem terem sido conhecidas, muito menos estudadas por nós. Uma vez que esse conhecimento é prejudicado pela dificuldade de acesso e principalmente pelo baixo investimento em pesquisas. Não podemos esquecer que o desmatamento também contribui no aumento do risco das pandemias, pois os animais sobreviventes que viviam mais afastados, são forçados a viverem mais próximos de nós, em áreas mais concentradas.//


Oradora JULIANA:   E esse processo ocorre devido à pressão do desenvolvimento econômico por atividades como o agronegócio, a exploração de madeira, construção de hidrelétricas e mineração. E há uma ironia bem grande, um paradoxo, a falsa percepção criada de que o meio ambiente é um entrave para a economia, quando na verdade é a economia que depende do meio ambiente. E pode ser facilmente percebido pelos esforços de pesquisas que a Embrapa, empresa pública brasileira voltada para a agropecuária, gasta para desenvolver sementes de soja que suportem temperaturas cada vez mais altas. Um evento que pode ser citado é a estiagem que aconteceu na bacia do Rio da Prata, localizada no sul do Brasil, Argentina e Uruguai, em que se perdeu 9,9 bilhões de dólares, especialmente na agricultura, com quebras nas safras de soja, milho e arroz, dentre outras//


Oradora AURORA:   A proteção da Amazônia se faz necessária, uma vez que a terra alcançará temperaturas maiores. Durante a produção desse EP, uma notícia me deixou em situação de alerta, por se tratar da minha cidade, de Belém do Pará, conhecida como uma das portas para a Amazônia./ Na semana em que a maioria dos estados brasileiros enfrenta um fenômeno conhecido como bolha de calor, segundo estimativas da ONG CarbonPlan e do jornal The Washington Post, o Brasil terá a segunda cidade mais quente do mundo até 2050. E essa cidade que será epicentro do calor será Belém, a capital do Pará./ “E por que a preocupação Aurora?”, porque quando falavamos de destruição e a terra acabando, sempre pensávamos em uma data inimaginável, daqui a 200, 300 anos. Mas agora não mais./ 2050 tá bem aqui gente, em 2050 a previsão é de teremos perdido mais de 53% da nossa floresta e que terá como consequência o fim de mais de 60% das espécies de plantas e árvores que vivem aqui, isso sem falar nos animais// 


Oradora AURORA:  E o que eu quero dizer com isso é que nós nem precisamos chegar a 2050 para começar a sentir essa destruição acontecendo, pois não são mudanças, são destruições/ Aqui no norte, não só no Pará, mas em Tocantins, Amapá, Rondônia, Roraima, Acre e o Amazonas já sentem esses impactos// São nossos rios subindo, a temperatura elevada, as chuvas  alteradas, as marés violentas, as cidades alagadas, a morte dos leitos de rios e igarapés, a gente sente tudo na pele, no famoso ao vivo e a cores//  E a  queda dessa biodiversidade traz risco à nossa agricultura que depende do clima muito específico, com temperatura estável, grande abundância de água, polinização e preparação do solo, sendo que esses elementos são garantidos e controlados por florestas, insetos, fungos e bactérias. O Brasil é um país vulnerável pela sua economia ser formada em grande parte pelo agronegócio, da exportação de matérias-primas que é um dos principais interesses dos estrangeiros. 



Oradora JULIANA: E é assim que chegamos no ponto da importância da Amazônia em âmbito internacional. Quando pensamos na Amazônia Legal que é formada pela bacia amazônica, mas que abrange parte do Cerrado e do Pantanal também, é uma área brasileira que representa mais de 60% das florestas tropicais do mundo, tem 20% da água doce e pelo menos 10% da biodiversidade do planeta. Isso também significa que ela armazena grande quantidade de CO2, que não é compatível de ser emitido por meio das queimadas e desmatamento na realidade em que nos encontramos. Ela é essencial como a maior floresta tropical para regular o clima pelas trocas gasosas e desempenha o papel de absorver mais CO2 do que emite, quando não é destruída. / Atualmente, registraram um pico de 420 ppm (partes por milhão) de CO2 acumulado na atmosfera em maio deste ano, isso significa que para cada milhão de moléculas de diferentes gases na atmosfera 420 eram de CO2 em maio de 2023. Estamos na zona de perigo que é a partir de 350 ppm (que foi alcançado em 1988) e rumando rapidamente para a zona de alto risco estimada 450 ppm que seria capaz de desencadear consequências catastróficas de acordo com os cientistas. E julho foi o mês mais quente já registrado com média acima de 1,5 ºC, a temperatura limite do Acordo de Paris para manter minimamente o equilíbrio climático//


Oradora JULIANA:   Apesar do Brasil ser conhecido por ter uma matriz elétrica limpa, quase metade das emissões de GEEs, na verdade, são resultantes das mudanças de uso do solo e do desmatamento. Somente o desmatamento que ocorreu na Amazônia, correspondeu a mais de 3/4 das emissões deste setor em 2021. E quando consideramos essas atividades, o Brasil ocupa a 6ª posição de país com maior emissão no ranking global, o que nos mostra a gravidade da situação./ As commodities produzidas nessa região são exportadas. Então, os países europeus criaram uma nova lei pelo Green Deal como tentativa de evitar a importação de produtos que venham de regiões desmatadas a partir de 2022 de qualquer lugar do mundo e a China estuda fazer algo semelhante. Isso ocorre, porque consideram que alguns países não têm conseguido diminuir o desmatamento, o Brasil sendo um deles em que viu sua taxa de desmatamento aumentar nos últimos anos, voltando a quebrar recorde atrás de recorde. Esses países fazem isso para se proteger, considerando o cenário que estamos vivendo que gera instabilidades e incertezas, o que afeta a economia que não gosta, que dizer, não funciona com as imprevisibilidades trazidas pelas crises ambientais//


Oradora LARI :   Juh, vou te interromper um pouquinho antes de prosseguir o programa, apenas para situar o pessoal que não conseguiu ouvir desde início. Gente, o EP de hoje é sobre a Amazônia, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo! E a call, ficará gravada, beleza? Agora, Juh, o que a gente mais escuta relacionado ao meio ambiente é a palavra “desenvolvimento”. Mas o que é de fato esse desenvolvimento?/ Ele é pensado realmente na melhora e preservação da Amazônia ou simplesmente é uma “capa” para na verdade ser somente interesse capitalista?


Oradora JULIANA:  Bom Lari, as perdas ambientais, materiais e de saúde são consideradas como externalidades econômicas, ou seja, não entram como gastos ao produzir algo, mesmo que resultem dos processos de produção. Isso ocorre como subterfúgio para o lucro e pela dificuldade em tornar quantificáveis de preço coisas como a sobrevivência de uma espécie, uma vida humana, uma paisagem bem preservada ou de uma cultura diferente. Mas é mais fácil de ser observado depois que se perde, na fonte de renda de subsistência e turística que deixa de existir ou o quanto que se gasta em tratamentos para remediar a saúde da população.//


Oradora JULIANA:  Os recursos são finitos, há limites físicos. Os ciclos naturais que ocorrem na Terra tem um tempo para se recuperar, mas nós estamos consumindo em menor tempo, até se esgotar. Por isso, falamos em desenvolvimento sustentável, seria a mudança do paradigma com a biosfera no centro e uma economia que respeite esses limites naturais. Caso contrário, podemos até continuar a ignorar as crises ambientais, mas elas serão cada vez mais caras e expressivas, o que acabará por minar a economia, nosso estilo de vida, a nossa civilização e até pode vir a comprometer nossa espécie./ Já sabemos disso desde meados da década de 60, porém colocar em prática é muito mais difícil. Existem pesquisas que são atrasadas ou deixam de existir por baixos investimentos que dificultam o entendimento do problema e de como resolvê-lo. Outro fator que fica fácil de verificar é a diferença da valorização dos profissionais no mercado de trabalho, um exemplo, é o Engenheiro Florestal, Sanitarista ou Ambiental que ganham em média entre 5 a 8 mil reais enquanto que um Engenheiro de Petróleo chega a ganhar em média 15 mil. E vale dizer que isso também ocorre em outras áreas, não só na ambiental, que são subvalorizadas mesmo sendo super importantes para sociedade.


Oradora LARI : Mesmo chegando a conclusão que precisamos deixar de usar combustíveis fósseis o mais rápido possível para diminuir as emissões de CO2 e outros GEEs, ainda observamos notícias como a da Petrobrás querendo explorar petróleo na foz do Amazonas, dentre outras ações que sabemos que vão prejudicar a Amazônia. Por que isso ocorre?


Oradora JULIANA:  Nossa, sim Lari, é impressionante essas injustiças e diferenças que ocorrem, precisamos melhorar a comunicação com as pessoas que são as mais afetadas! Mas veja que, em 2015, quando aconteceu a COP21 em que criaram o Acordo de Paris, o Brasil assinou e se comprometeu a diminuir os GEEs junto aos quase 200 outros signatários. Cada país autodetermina os objetivos próprios a serem seguidos dentro das suas possibilidades, mas eles podem ser redefinidos e não são obrigatórios. A meta atual do Brasil é de zerar o desmatamento até 2030 e reduzir os GEEs alcançando a neutralidade até 2050. Só que a taxa do desmatamento na Amazônia e em todos os outros biomas vem crescendo devido ao esvaziamento de órgãos como o IBAMA que fazem a fiscalização e atuam como polícia, punindo quem comete crimes ambientais previstos em lei que visam a proteção ambiental. A Marina Silva está reestruturando esses órgãos e políticas, que já existiam, e foram descontinuadas pelo governo anterior. Mas ainda tem coisas a melhorar: por exemplo, o novo pacote ambiental que destina 62% do orçamento para a transição energética para exploração de petróleo. Não tem como proteger o meio ambiente se a cada novo governo que entrar, as políticas não avançarem no sentido de fortalecer essa proteção.//


Oradora JULIANA:  Uma empresa ao exercer uma atividade que impacta significativamente o ambiente, precisa de um Estudo de Impacto Ambiental conforme descrito na legislação. O objetivo é quantificar os impactos para minimizar os negativos e maximizar os positivos. Um outro exemplo que observamos o paradigma da sustentabilidade falhando na prática é o caso das hidrelétricas na bacia amazônica, onde teve queda de 25% dos peixes em Tocantins, já no Tucuruí afetou em 60% a pesca que é a fonte de subsistência da população local com mais de 100 mil pessoas sendo atingidas. Isso ocorre porque há uma grande área que precisa ser inundada para criar o reservatório das hidrelétricas, nesse processo perdemos grande área florestal, passa a ter produção de metano (que é um dos principais GEEs), e isso ocorre a partir da decomposição da matéria orgânica por causa da inundação, além da perda de vida silvestre. 


Oradora AURORA:   A legislação prevê que as pessoas sejam remanejadas para locais de igual a melhores condições, porém a perda sociocultural que esse processo envolve, principalmente ao mudar populações tradicionais que têm outra relação de dependência do território em que as ligações e dinâmicas ocorrem em níveis mais profundos é frequentemente menosprezado.  E quando falamos em desenvolvimento, infelizmente na maioria das vezes é um desenvolvimento seletivo, cheio de repressão e exclusão. E por que eu falo isso? Eu falo isso pelo fato de que a maioria das políticas públicas que já foram elaboradas para a população amazônica, não tiveram a participação da mesma durante a sua elaboração/ Os dirigentes do Estado não pensaram ou deram voz para aquela população que iria ser afetada falar se queria ou não. 


Oradora AURORA:  Se você chega no sudeste e oeste daqui do estado do Pará, você percebe o quão impactada foi a região pelas usinas hidrelétricas e as minerações. E é notável o descaso com as causas socioambientais e sociais./ Essa dificuldade de contabilizar custos socioambientais ainda faz parte de um processo passível de corrupção, isso pode ser visto na hora e dia que agendam as audiências públicas para serem discutidos o projeto e a população local tem dificuldade para participar, já que trabalham; ou quando alguns aspectos socioambientais são amenizados durante os estudos ou até mesmo negligenciados./ A população nortista é uma das que mais sofrem com o aumento do valor da energia. O que seria irônico, se não fosse trágico, o fato de que  a Usina de Belo Monte fica aqui no norte./ A gente enfrenta uma grande luta para sermos ouvidos e respeitados. E por isso, a participação da população na política é fundamental para que as escolhas que vão afetar todos sejam cada vez mais DE TODOS PARA beneficiar cada vez mais uma MAIORIA. Estamos passando por uma crise política, porque estamos percebendo que os políticos defendem mais o interesse de um lobby, uma minoria.//


Oradora JULIANA:  Isso implica nas questões ambientais ao passo que nos damos conta de que nossas ações como indivíduos são muito pequenas diante do tamanho dos problemas que enfrentamos e elas acabam por ser mais simbólicas quando terminam nelas mesmas. O que vem após a luta coletiva que promulga uma nova lei de proteção e todas as ações que as empresas e instituições precisam tomar para se adequarem é muito mais eficaz./ Um exemplo disso são as campanhas feitas em épocas de seca que estimulam a população a não desperdiçar água como se isso fosse suficiente para superar o problema da escassez, quando 70% é usado nas atividades agropecuárias, 22% nas atividades industriais e só 8% em atividades domésticas./ Não estou falando que devemos usar os recursos preciosos de forma irresponsável, mas isso significa, tampouco, que nós iremos conseguir salvar o mundo, apenas fazendo nossa parte individualmente. Porque percebam que enquanto lutamos para reflorestar com essas iniciativas pontuais, pegando um exemplo, do Rock in Rio que lançou um projeto de reflorestamento como "incrivelmente audacioso" e "o maior da história" nesse campo. Esse projeto pretende recuperar 30 mil hectares na Amazônia de 2018 até 2023. As pessoas podem pensar: Nossa, é muita coisa mesmo, hein? Mas, pegando os dados consolidados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) de 2018 a 2022, no mesmo período de implementação desse projeto, foram desmatados mais de 5 milhões de hectares no bioma amazônico. Eu vou repetir: o dito maior projeto de reflorestamento da história teve a pretensão de recuperar uma área de 30 mil hectares, foram desmatados mais de 5 milhões de hectares nesse período./ O Antonio Donato Nobre que é pesquisador sênior do INPE disse, isso são as palavras dele, não minha: "Apesar de ser sempre louvável que algo seja feito, ao invés da inação, o projeto é completamente insuficiente para compensar, minimamente, o que é destruído"./ O que podemos tirar disso? É preciso ir além, se organizar coletivamente e agir politicamente para conseguir mudar as práticas e fazermos pressão para que os setores responsáveis tomem medidas significativas e condizentes com a nossa realidade.  //


Oradora JULIANA: No último estudo do Mapbiomas de 2022, foi verificado que o Brasil tem 64% do território com áreas de vegetação nativa. As Unidades de Conservação (UCs) e Terras Indígenas (TIs) têm um papel fundamental na preservação da biodiversidade e na absorção e armazenamento de carbono florestal. As TIs ocupam 13% do território brasileiro, enquanto as UCs ocupam 19%, juntas somam 32% do território nacional, porém se tirarmos as APAs que é uma categoria pouco restritiva das UCs, ficamos com 22% de áreas protegidas no Brasil. Vale ressaltar que 30% é a média mundial de proteção dos países, então o Brasil não foge da média. A outra metade corre maior risco de sofrer desmatamento, devido às diversas pressões das várias atividades econômicas que avançam na área que fragmentam e degradam as paisagens florestais intactas, lembrando que elas ficam de fora dessas áreas protegidas pelo Estado.


Oradora LARI : Bom, fazendo uma análise em um contexto geral. Sabemos que a Coreia do Sul conseguiu despoluir o rio Han em Seul e São Paulo não consegue despoluir o Tietê, questão que envolve o saneamento básico que é um elemento fundamental definido como direito básico pela constituição para todos os cidadãos brasileiros./ Sabemos que precisamos parar de abrir mais poços de exploração de petróleo e incentivar as energias renováveis. Sabemos que as pesquisas também enfrentam dificuldades para terem acesso às informações de âmbito privado, devido à confidencialidade de proteção dos dados das corporações por causa da competição entre elas./ Sabemos que o conhecimento sobre a perda ambiental ainda é subestimado, já que nem classificamos as espécies existentes. A tecnologia já existe, a lei já existe, o dinheiro está aí. Então o que falta para essas ações acontecerem?//


Oradora JULIANA: Exatamente, Lari, estão há mais de 30 anos tentando despoluir o rio Tietê, sendo que temos diversos exemplos, inclusive esse da Coreia do Sul, como você bem pontuou. A poluição dele é resultado de um crescimento desordenado das cidades próximas, sem uma rede de esgotos compatível e ainda não conseguiram criar o suficiente para diminuir essa poluição para atingirem a meta proposta pelo próprio governo. É interessante pensar nesse caso, tendo em vista as cidades que crescem em todo o Brasil e são mal planejadas, pode ser aplicado. Então, diante de tudo isso, é evidente que a principal barreira que enfrentamos na questão ambiental não é a tecnológica, mas a política. E conforme fui fazendo a graduação, vendo as notícias e acompanhando as questões atuais, isso foi ficando cada vez mais evidente. Porque mesmo que seja imprescindível lutarmos contra o desmatamento na Amazônia, ainda não temos força política suficiente para barrá-lo. É por isso que a conscientização e fazer essas informações chegarem nas pessoas, para elas se mobilizarem e lutarem a favor de condições melhores é tão importante no momento atual. Estamos em uma década chave que as decisões e ações que tomarmos agora vão repercutir nas próximas décadas. Todos são importantes nesse processo de somar forças para garantir que nossos interesses sejam os aplicados na realidade.//


Oradora AURORA:   A gente sabe que levantar a bandeira de qualquer movimento, de qualquer causa, é muito difícil. Você ser uma pessoa politizada no Brasil é muito difícil, pois quando você entende que você tem direitos, que você tem poder de escolha, automaticamente você se torna um alvo/  Creio que todos os ouvintes que estão aqui já sabem que a COP30, a conferência do clima das Nações Unidas vai ocorrer aqui no Brasil, basicamente aqui em Belém do Pará em 2025.  E por que foi decidido isso? Como o próprio presidente Lula disse, a Amazônia é o assunto mais comentado na COP, então por que não trazê-la para cá?/  Então tivemos a Cúpula da Amazônia em agosto desse ano, onde os dirigentes dos países latinos e que possuem um pedaço da Amazônia em seu território, discutiram sobre quais políticas públicas iriam ser feitas para o meio ambiente, a defesa de território, dos povos tradicionais e das mais diversas pessoas que residem na região./ E buscando dessa vez, ouvir o que o povo amazônida estava falando, antecedendo a cúpula, nós tivemos os diálogos amazônicos. Onde se foi debatido com a população o que ela precisava, e desses diálogos saíram cartas, contendo os nossos desejos, medos e exigências para termos uma Amazônia digna.// 


Oradora AURORA:  Mas lembra quando eu disse que lutar pelos nossos direitos nos faz um alvo? Ao mesmo tempo que nos davam palco e espaço para falar, nossos parentes eram abatidos, assassinados./ No mesmo dia que se debatia a importância da defesa de território indigina e quilombola, indígenas do povo tembé, eram baleados, no mesmo instante. Enquanto falávamos  sobre a juventude amazônida, jovens eram presos por protestar pelo direito à educação. / Mas o nosso povo não se acuou, não teve medo, pois a gente tem e precisa defender o que é nosso. Mas essa luta não é uma luta sozinha e nunca deve ser. A amazônia é a nossa casa e pode ficar localizada no norte, mas todos nós precisamos dela. A gente sabe que não é facil, o Brasil é o país que mais mata ativistas, como Bruno e Dom, como irmã Dorothy Stang e como tantos outros  que nunca nem chegaram a serem encontrados./ Por isso, a nossa luta não deve ser só, por isso que o ativismo digital, a mobilização nas redes, as denúncias precisam continuar acontecendo.  A gente vai e precisa virar esse jogo, mesmo que seja uma vitória de cada vez, como a que tivemos agora, do marco temporal ter sido derrubado! Nossos direitos não são negociáveis e não existe falar da Amazônia sem ouvir o povo da Amazônia. Não existe debate sobre nós, sem nós// 

 

Oradora LARI:  Lutar pela nossa Amazônia é fulcral! Quando falamos de doações e de ajudar as causas, eu sempre lembro do BTS por todos os exemplos que ele já nos deu./ Para quem não sabe, o BTS tem um longo histórico de doações para causas ambientais, desastres naturais e diversas outras questões. E isso fez com que alguns deles até entrassem para o “Hope Bridge Honors Club”,  um grupo de grandes doadores  e filantrópicos. E o Army segue o exemplo dos meninos./ E acredito que uma das principais referências que temos no nosso fandom é o Army Help The Planet, e eu convido a Juh a falar sobre as campanhas e a importância da gente debater no nosso fandom as causas ambientais// 


Oradora JULIANA:  Magina, Lari como não se emocionar com esse relato da Aurora é difícil de se escutar, mas as pessoas precisam saber sobre essa realidade, essas pessoas precisam ser vistas porque tem uma disparidade muito grande, tipo o Brasil do discurso do Lula na ONU e o Brasil na realidade, né?  Bom Lari,  antes de falar sobre o AHTP, eu gostaria de dizer que eu espero que essa conversa tenha esclarecido um pouco mais a situação atual, que saiam daqui percebendo com um pouco mais de profundidade como as decisões políticas que impactam na Amazônia não ficam só lá, mas afetam todos nós em diferentes graus.//


Oradora JULIANA:  E é diante desse contexto que o AHTP visa projetos que ajudem a alcançar essa sociedade mais sustentável e justa. Começamos a campanha Army Help The Amazon  plantando 400 árvores em Altamira no Pará por meio da arrecadação de mais de 8 mil reais que todos nós fizemos em 2019 em parceria com o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia)./ Outro projeto foi o Tira o Título, Army para incentivar a participação de pessoas mais jovens e fazendo essa chamada para que elas também defendam os seus interesses e participem do momento decisório na escolha dos políticos. Porque são eles que vão definir como e onde o nosso dinheiro vai ser usado.//


Oradora JULIANA:  Nós também acompanhamos em parceria com o Greenpeace as leis que estão tramitando no Senado e na Câmara que consideramos importantes para a nossa qualidade de vida e tentamos aumentar a pressão conforme os dias de tomada de decisões chegam nesses poderes. Alguns que estamos acompanhando de perto são Projetos de Lei que facilitam a aprovação do uso de mais agrotóxicos que foram banidos na europa e provocam danos à saúde e ao meio ambiente; de afrouxamento da licença ambiental que faz os estudos de impacto ambiental que citei e querem flexibilizar as exigências para ser mais rápido, fácil e menos custoso; o que quer anistiar a grilagem que seria o roubo de terras públicas; o do marco temporal que altera a demarcação das terras indígenas, além de permitirem atividades que exploram os recursos nesses terrenos sem a permissão dos povos que vivem lá, e que felizmente foi uma tese derrubada pelo STF há dois dias atrás por ser inconstitucional, como disse a Aurora./ Agora estamos com uma campanha ativa, na qual os armys do mundo todo estão unindo forças para igualar a doação feita pela Big Hit, em comemoração à continuação do BTS para além de 2025 com a renovação de contrato. Aqui no Brasil fizemos parceria com a Unicef Brasil para facilitar nas doações e no cálculo, que a própria Unicef está contabilizando diretamente pelo site deles e disponibilizando a atualização para nós que estamos divulgando para vocês, de toda a doação realizada pelo link (ajude.unicef.org.br/bts). É importante ressaltar que vocês preencham o formulário do One In an ARMY Charity Project após doarem no link da Unicef Brasil para nossa arrecadação ser registrada a nível global. Os links estão disponibilizados nas redes sociais do AHTP. E vocês estão super convidades a somarem nessa e em outras atividades do AHTP, a acompanharem e participarem dos nossos próximos projetos e campanhas!// 


Oradora LARI :   Olha, primeiro de tudo eu quero agradecer, eu acho que é super necessário esse debate que utiliza de uma linguagem que podemos entender e compreender o que está sendo debatido. Digo isso, porque eu não sou uma pessoa politizada, eu deveria ser muito mais, isso é um erro meu. Mas enfim, é muito desgastante quando vamos tentar nos conscientizar e a linguagem utilizada não possibilita um entendimento, a pessoa só está falando porque quer se mostrar inteligente e não porque quer reforçar a importância daquela pauta. Outra coisa, vamos nos manter engajados no político social, acho que esse ep foi meu choque de realidade e vou procurar me inteirar muito mais, sem falar que, gente, muitos projetos e emendas são aprovadas porque não estamos cientes e acabamos por calar nossas vozes.  Pessoal, cuidem do meio ambiente, eu sei que parece até meio bobo falar isso e nos últimos dias muita gente utilizou do discurso "porque o rico, as empresas" , sim gente, muitas empresas ferram o meio ambiente, mas a gente cuidar do meio ambiente vai muito além de fechar uma torneira, é fazer barulho e expor essas empresas, é lutar para que emendas e pautas que prejudicam nosso ambiente sejam aprovadas, lutar também é cuidar. E pode ser luta pela internet mesmo, o ciberativismo é válido e muito importante. Aliás, só lembrando que sem meio ambiente, o mundo acaba e se o mundo acaba, acabou a turnê dos meninos, acabou os meninos. Brincadeiras à parte, gente, eu falo isso porque as vezes só nos tocamos quando  nos afeta diretamente, enquanto a ideia está longe de nós muita das vezes não nos afeta. Agora, vou deixar as nossas oradoras se despedirem e depois não saiam daí porque tenho alguns recadinhos, beleza? 


Oradora JULIANA:  Concordo com tudo o que você falou, Lari. Apesar dos números, espero que eles tenham facilitado esse entendimento. Mas a mensagem principal é: Somos fortes e unidos somos mais fortes ainda! Olha, eu quero finalizar agradecendo por ceder esse espaço, foi um prazer compartilhar com vocês minhas experiências e ter essa conversa tão rica e transformadora com vocês Lari,  Aurora e todos os armys que nos escutaram. Se cuidem que os próximos dias vão ser quentes, então para se manterem saudáveis, precisa consumir, beber muita água, não esqueçam hein, galera! Muito obrigada!


Oradora AURORA:


Oradora LARI :  Meninas, novamente muito obrigada, hoje foi incrível!! Que episódio F O D A, soletrando pois se não a diretoria me mata. Agora falando de outro assunto, você que é nosso ouvinte e quer fazer parte do POD ARMYS./ Estamos com vagas abertas para novos administradores. Para vocês entenderem melhor sobre cada área, entrem no formulário do post do recrutamento que está fixado em nosso perfil e lá vocês vão encontrar mais detalhes de cada área e suas funções, okay? / Temos vagas para: Criadores de Conteúdos, Marketing, Redator, Editor de Áudio, Editor de Vídeo, Design Gráfico, Roteiristas, Cobertura e Revisores./ Lari, tem limite para idade? Não, nós não estabelecemos um limite, claro que em algumas áreas vai estar visível que é para maiores de 17/18 anos, mas algumas vão depender mais das habilidades da pessoa que vai se inscrever./ O recrutamento vai ficar aberto até o dia 30 de SETEMBRO, okay? Isso significa que só vamos entrar em contato com quem preencheu no dia 30? Não, mas vamos deixar aberto tempo suficiente para que cada vez mais pessoas possam se inscrever. / Qualquer dúvida, nossa DM está aberta! Estamos atentos para ajudá-los no que for preciso./ Bom, eu gostaria de agradecer novamente a nossas convidadas, muito obrigada, vocês fizeram toda diferença!!//


FALA FINAL: Obrigada, mais uma vez, pela call de hoje eu agradeço cada uma das oradores de hoje e todos que participaram como ouvinte, vocês são incríveis./ Não se esqueçam de ouvir os trabalhos do grupo e também os individuais, afinal o BTS é um todo de SETE.// Eu queria aproveitar também para lembrarmos sobre o setembro amarelo, campanha dedicada a prevenção do suicídio e é necessário entender que precisamos implementar essa campanha em todos os dias de nossas vidas, vamos ter mais empatia e cuidado com o próximo, procurar conhecer e entender sobre transtornos mentais. Pessoal e o mais importante, procure AUXÍLIO PROFISSIONAL, os meninos e suas obras podem nos ajudar de apoio emocional mas apenas um profissional da área vai saber como te orientar e principalmente prescrever o uso de qualquer medicamento, busquem ajuda. Existe o Centro de Valorização da Vida, realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária todas as pessoas que querem conversar por telefone, email e chat,  o número é 188.    Bom, esse é o meu momento influencer do PODARMYS, ou seja, compartilhem a call, favoritem e indiquem para mais Armys. Ah, e sigam a conta CO-HOST DO POD, o user é COHOSTPA, mas nós iremos fazer um post marcando o user, para facilitar./ Quero lembrar novamente que o pod é um lugar para você se sentir bem, de conforto e encontro./ Então se você tiver alguma sugestão ou gostaria de que algum tema fosse abordado, ou simplesmente gostaria de ser ouvido, pode enviar mensagem na nossa DM, sinta-se em casa!/ O pod foi feito de Armys para Armys e vocês sempre serão bem vindos. Nos vemos na próxima call.//

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