ROTEIRO "POD_ARMYS" — PROGRAMA N° 30: BE, DYNAMITE, BUTTER, PERMISSION TO DANCE & PROOF

Host: Aurora

Co-Host: Lua

Oradora 1: Nathalia

Oradora 2: Mands

Oradora 3: Lala

Oradora 4: Sara

Anfitrião: PODARMYS

Convidados: B-Armys Acadêmicas, Wings BTS Brazil, Smeraldo Fansub, Army For Youth e Efeito BTS

Roteiristas: Beatriz Nery, Eduarda Verissimo e Yris Soares

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ORADORA Aurora: Boa noite Armys, eu sou a Aurora e serei a mediadora de vocês neste episódio, ou seja, vou conduzir vocês neste mundinho que é o POD_ARMYS. Hoje é um episódio super especial porque finalizamos as ERAS do BTS, e combinou super com o fim do ano esse nosso planejamento, hein? Somos sensacionais mesmo hein, time?/E antes de mais nada, já que estamos em clima natalino, não poderíamos deixar de falar da musica WINTER AHEAD! Que musica mais gostosa de ouvir gente! o V e o PARK HYO SHIN arrasaram demais. E o Mv ? Que que foi aquilo? Tae utteds vocês estão bem? Brincadeiras a parte gente, vamos dar muito amor e streaming para esse trabalho./  Bom, voltando para o nosso EP ERAS, para embarcar comigo nas últimas eras do BTS que nós conhecemos até agora, de BE até Proof, teremos participações de milhões! / São elas: Nathalia do B-ARMY ACADÊMICAS, Mands do WINGS BTS BRAZIL, Lala do SMERALDO FANSUB, Sara do ARMY FOR YOUTH e LUA daqui do PODARMYS que está representando a EFEITO BTS, que participou da criação desse EP, mas infelizmente não pôde estar conosco agora. / Bom, muito bem-vindas meninas e obrigada a todos por se empenharem com o POD_ARMYS! E dando início as Eras do BTS, já quero chamar a Nathalia do BAA para conversar, até porque iremos começar esse episódio falando de BE, que podemos dizer que foi o nosso porto seguro de conforto e esperança durante a pandemia, certo, Nathalia? Bem-vinda!

ORADORA Nathalia: Obrigada POD ARMYS por me receber para falar desse momento tão decisivo na nossa vida como armys e para o BTS. Vamos lembrar de 2020, em que a pandemia do Covid-19 estava no seu início? Parece que faz tanto tempo que todas as nossas rotinas mudaram, todos os planos foram interrompidos e assim, o planejamento do BTS para uma futura turnê também. Sendo assim, os artistas encontraram na arte um refúgio. Lançado em novembro do mesmo ano, o álbum BE e uma nova era se iniciou, sem muita pretensão de sucesso comercial, mas muita vontade de acolher os fãs. Com 8 faixas, os membros expressaram seus pensamentos e sentimentos sobre a situação que viviam, ao mesmo tempo em que trouxeram mensagens de conforto e esperança, passando por temas como: ansiedade, medo, depressão, solidão, frustração, inquietação e tristeza.

ORADORA Aurora: Realmente, a vida mudou demais e com a chegada desse álbum nesse momento específico, foi importante para nós, armys, nos sentirmos acolhidas. Mas como os meninos abordaram essa situação mundial em BE?

ORADORA Nathalia: O tema principal do álbum não é a pandemia, Aurora, mas o que a quarentena trouxe: os reflexos de uma realidade que foge do controle, onde não podemos sair de nossas casas, mesmo para aquelas pessoas que trabalham ou vivem em seus quartos a maior parte do tempo. Uma coisa é escolher o isolamento, outra é ser forçado a isso. Por essa razão, começamos a fazer reflexões sobre coisas que sempre adiamos, arrumamos armários que sempre estiveram com algum defeito, pintamos uma parede que pedia por tinta há anos… Seguindo a ideia de um conceito pessoal, o processo de auto reflexão do artista, no caso, o BTS, começou nas reuniões, algumas registradas, onde cada um tomou para si uma responsabilidade na produção do álbum. Grande parte desse processo foi transmitido desde março de 2020, através de lives em grupo e individuais, além de vídeos registrando momentos relevantes às suas visões, compartilhando com o ARMY suas discussões sobre o desenvolvimento do álbum, desde o planejamento até o layout, passando pelas responsabilidades frente a direção do MV, fotografia, composição, coreografia, design visual, entre outros. Por exemplo, a fonte da capa foi realizada por RM, Jin, Suga e j-hope, que também atuaram na produção e coordenação; o V foi o diretor visual (além disso, ficou responsável pela apresentação do box e materiais do seu conteúdo); Jimin foi o coordenador de projeto e Jungkook foi o diretor do MV.

Oradora AURORA: A gente sabe que os meninos sempre estiveram envolvidos nos projetos de seus álbuns, mas acompanhar bem de perto essa divisão de cargos, podemos dizer assim, foi importante para vermos como eles cresceram na carreira, nos objetivos e na qualidade do que iriam apresentar para os army. E isso refletiu muito nas letras das músicas, certo?

ORADORA Nathalia: Com certeza, as músicas desse álbum estão bem alinhadas, como Fly To My Room, onde falam sobre estarem cansados e sufocados por ficarem em casa e sendo forçados a criar cenários com a imaginação, ou Life Goes On, que transmite a mensagem de seguir em frente, independente do que aconteça, pois a vida não para. Mas voltando ao tema da auto reflexão, no mundo da arte, eu como artista posso afirmar, que é um tema muito difícil. O artista, seja músico ou visual, é um ser mais sensível e olhar para si próprio é muito mais complicado e desafiador. Nessa era, cada membro é como um cômodo fechado, onde há pouco a se explorar, mas muito a imaginar. O conceito fotográfico do álbum gira ao redor da ideia do quarto. Onde mais nós podemos ser quem somos sem julgamentos? Durante a quarentena, nossos quartos foram se tornando parte de nós, ou o contrário? Aqui, a simetria é a base da auto reflexão, é uma linha de pensamento artística muito comum, pois assim como um espelho, olhar para si próprio é como se dividir em dois. São oito quartos, o primeiro quarto do conceito room version é onde todos os membros estão juntos com instrumentos, no centro da imagem perfeitamente simétrica. Em todos os quartos, os elementos estão em número par, menos os membros do grupo. Uma janela de cada lado, as luminárias, cortinas, instrumentos… Nos demais quartos, temos uma espécie de moldura imaginária. Estão em um corte 1:1, com uma porta de cada lado, um sofá, objetos decorativos, todos distribuídos de uma forma simétrica e quando não, ainda são em número par. A presença de linhas que dividem os espaços também é bem forte. 

ORADORA Aurora: Nathalia, você pode nos contar melhor sobre esses conceitos que cada membro trouxe? É importantíssimo para entendermos o que cada um dos sete quis demonstrar neste álbum.

ORADORA Nathalia: Claro! Para não prolongar, escolhi dar ênfase na escolha das cores, que representam cada membro do BTS. No quarto de V, a cor predominante é o verde, considerada a cor da calma e do equilíbrio, associada às energias da natureza, e em alguns lugares, à esperança e perseverança. O quarto de Jimin é claro, as cores base são branco, e o artista está usando uma roupa preta, se destacando. Branco e preto, luz e sua ausência, talvez esse quarto represente a delicadeza de Jimin, junto a sua dualidade. O RM tem um quarto morno, com cores quentes, o laranja, a madeira… A decoração é feita com linhas, um quadro monocromático laranja está atrás. A cor laranja, forte e quente, se relaciona com agilidade mental, ou seja, a inteligência, qualidade atribuída a RM por ser conhecido pelo seu extenso conhecimento e curiosidade. Em contraposição ao quente, começamos a ir para o neutro e frio. Jungkook tem um quarto escuro, a luz do quarto foi manipulada em um software, pois é cinza escuro. A ausência da luz e o uso do azul nos lembra de momentos em que Jungkook disse não dormir e passar a madrugada acordado. Durante a pandemia, muitas pessoas trocaram o dia pela noite e Jungkook usou as noites para compor. Para ele, o isolamento foi transformado em produtividade. Jin tem um dos meus quartos favoritos. Como um príncipe, a cor lilás é utilizada para representar misticidade, as luzes com cristais nos levam para um espaço rico. Talvez a beleza do quarto represente o que Jin vê de si mesmo, transparente, e bonito em sua essência. O roxo e o lilás também representam a realeza, mas para o BTS e ARMY, representam sua união. Frio, Suga tem seu quarto gélido. E como podemos passar essa sensação por meio do visual? No meio fotográfico, luzes brancas com cores azuis e reflexos podem causar no espectador essa sensação de frio. É o quarto mais literal da era, pois além de carregar o azul, tem Suga usando um espelho como se fosse um tapete, refletindo sua figura. No espaço artístico, o espelho é símbolo de reflexão da mesma forma, onde o autor explora o outro lado, como SUGA costuma fazer em suas canções e a cor azul costuma ser usada para representar o céu, o mar e suas profundidades, significando autoconhecimento, honestidade consigo mesmo. Em excesso, pode causar melancolia. Nesse cenário, o azul simboliza sua inteligência, profundidade e seu intelecto. j-hope e seu perfeito contraste, com suas cores coloridas e fortes referências à década que cresceu, o rapper tem elementos do y2k em seu quarto. Alegre, o azul forte e o laranja são cores complementares, que no sistema de cores, uma na frente da outra, assim como reflexo e o espelho. Para finalizar nossa reflexão do ponto de vista artístico, Life Goes On tem consigo um MV, dirigido por Jungkook, tem uma narrativa simples, diferente do que vemos no meio do kpop. O MV retrata o isolamento dos membros em seu próprio dormitório, sendo obrigados a buscar formas de distração. Agora sabemos que na época o grupo já se preparava para se despedir de Jin, que deveria se alistar em breve. Temos ele no centro da narrativa, diferente dos outros MVs onde ele nos guia pela história fictícia do BU, aqui é a realidade. Todos os sete ficam juntos até o final, onde no palco, cantam a última parte de Life Goes On, para uma plateia vazia e uma fotografia em preto e branco. 

ORADORA Aurora: A importância de um podcast como o PODARMYS, Nathalia, eu vejo que é justamente nós darmos o tempo das coisas e falarmos sobre acontecimentos que não sabíamos muito bem, mas que agora faz todo o sentido, assim como você relacionou a ida do Jin ao exército com o MV de Life Goes On porque podemos constatar que sim, você tem razão! Mas que ao mesmo tempo, foi como o curso das coisas acabaram sendo, né?

ORADORA Nathalia: Sim, ótima observação Aurora, até porque a era BE é delicada, aconteceu sem planejamento. Fruto de tristezas, de um momento delicado, de perdas. Vidas se foram enquanto a de quem ficou seguiu. Não foi feito para os charts, muito menos para o público que apenas acolheu o BTS por causa de Dynamite. BE é uma carta do BTS para o BTS e nós somos pela primeira vez, apenas os espectadores, que fomos forçados a ficar dentro de nossos quartos sem poder interagir com toda a era.

ORADORA Aurora: Que jeito lindo e sublime de encerrar sua participação, Nathalia. Somos gratos pela sua pesquisa e gratos pelo BTS em nos deixar sermos esses espectadores tão íntimos de suas vidas, que combinam tanto com as nossas! E dentro de BE, assim como você bem disse, o público acolheu Dynamite e é sobre isso que eu chamo a Mands para o microfone do PODARMYS para nos falar dessa música realmente explosiva! Oi Mands, nos conta como iniciou isso tudo? Bem-vinda!

ORADORA Mands: Oi pessoal, coisa boa demais estar no PODARMYS falando com vocês sobre esse momento internacional importantíssimo na carreira dos membros. Em 21 de agosto de 2020, o BTS realizou uma coletiva de imprensa e explicou o propósito da era Dynamite, que era trazer força e energia aos ARMYS durante aquele período difícil que foi a pandemia. Jimin disse: "(Eu pergunto): não estamos nós vivendo tempos difíceis no mundo todo? É uma situação que todos nós não esperávamos e, eu também não consegui fazer muito das coisas que eu pessoalmente pensei em fazer. Eu queria muito estar no palco e, como somos uma equipe que precisa se comunicar com nossos fãs, me senti desanimado e impotente. (No momento) em que eu verdadeiramente precisava de um avanço para superar o desânimo e o desamparo, eu tive essa oportunidade. Penso que é uma música que pode fazer qualquer um sentir energia". Vasculhando o RISS, que é uma plataforma de compartilhamento de informações de pesquisas acadêmicas, eu achei uma dissertação de mestrado da Universidade de Chung-Ang que fala sobre o fenômeno Dynamite e vou citar para vocês algumas coisas sobre a estética da era e do MV que achei legal. Primeiro o autor cita que Dynamite é uma música pop com um conceito retrô. Depois ele relembra que a letra é em inglês, a língua comum do mundo, e que assim seria melhor para transmitir uma mensagem de esperança devido ao COVID-19. Sobre o MV, ele diz que "tem um background americano dos anos 70, e é um conceito retrô com coreografia simples como elemento divertido. Se você olhar a coreografia, verá que há muita homenagem à cultura musical americana do passado como um todo e, em particular, a linha de dança é clara sobre Michael Jackson". Sobre isso, o sobrinho de Michael, Taj Jackson, os elogiou, dizendo: "Michael também ficaria orgulhoso deles". O autor também fala que pode ser difícil encontrar elementos coreanos ao ouvir essa música. Ele diz: "Isso ocorre porque se você ouvir Dynamite, a letra será em inglês, não em coreano. Não há elementos específicos, mas acho que elementos coreanos podem ser encontrados. Penso que o maior elemento coreano em Dynamite é o fato do BTS querer provar que é um artista coreano com a cultura e herança cultural coreana em seu coração, e que querem superar esse momento difícil e estar com pessoas de todo o mundo". Por último, o autor cita a performance de Dynamite no Jimmy Fallon, que foi gravada no Palácio Gyeongbok e o BTS estava usando hanbok, vestimenta tradicional coreana. O autor, que é coreano, conta que o BTS expressou bem a beleza da Coreia e que todos viram isso com o coração tão feliz que ficaram orgulhosos.

ORADORA Aurora: Não, pera! A gente teve as B-ARMYS ACADÊMICAS e agora a Mands vem trazendo uma dissertação de mestrado sobre a era Dynamite? Gente, esse episódio está muito chique, vai virar fonte de pesquisa eterna sobre o BTS! Anotem aí! HAHA Mands, agora conta para gente o quão grande foi essa era para a carreira dos meninos?

ORADORA Mands: É necessário a gente ter conhecimento de alguns dos maiores feitos do BTS com Dynamite: 101.1 milhões de views nas primeiras 24 horas no Youtube, recorde que depois foi quebrado por Butter; 1° ato na história a chegar ao topo da Hot 100, Global 200 e Global 200 Excl. US simultaneamente com Dynamite; 1° grupo e banda asiática a atingir o 1° lugar no Billboard Global 200 Chart; 1ª banda internacional e artista asiático a debutar em 1° lugar na Hot 100; 1° artista asiático a alcançar o 1° lugar no Spotify Global Top 200; 1° artista coreano da história a conseguir um PAK com uma música em inglês; 1ª música em inglês a ultrapassar 100 PAKs com Dynamite; 1° Ato a atingir 600 PAKs com Dynamite; 1ª música de um grupo coreano em 1° lugar por mais de 40 dias no Worldwide iTunes Song Chart; 1ª música em inglês a entrar nos charts do MelOn na 1ª hora de lançamento desde a reforma do chart do MelOn; 1ª música a passar 70 dias em 1° lugar no MelOn; 1ª música a ultrapassar 900 horas em 1° lugar no Genie; 1ª música a passar 1800 horas consecutivas em 1° lugar no FLO. 

ORADORA Aurora: Cara, Dynamite sempre será gigante, não tem jeito! Foi ela que trouxe acredito que metade dos armys novos que viraram armys durante a pandemia. Obrigada Mands por nos lembrar desse hino, dessa era que até nossas avós sabem cantarolar! Agora convoco a Lala da Smeraldo Fansub pra falarmos de uma era que também foi meteórica e bem cremosa! Bora falar de Butter?

ORADORA Lala: Bora! Uma honra estar com vocês falando dos meninos! Em 26 de abril de 2021, o título e a data de lançamento do single “Butter” foram anunciados em uma transmissão ao vivo de uma hora no YouTube. O vídeo apresentava uma contagem regressiva com sons de cozinha, o texto "Butter" e a data "21 de maio de 2021" apareceu no final. A livestream acumulou mais de 12,8 milhões de visualizações. Fotos conceituais e teasers foram compartilhados através das mídias sociais oficiais nas semanas seguintes. "Butter" foi lançada como single digital em 21 de maio de 2021, e é o segundo single em inglês do BTS. A faixa disco-pop, dance-pop e EDM que foi escrita por Jenna Andrews, RM, Alex Bilowitz, Sebastian Garcia, Robert Grimaldi, Stephen Kirk e Ron Perry, foi um sucesso entrando nas paradas de diversos países, bem como na Billboard Global 200. Eles realizaram uma coletiva de imprensa global uma hora após o lançamento do single. A Rolling Stone descreveu a música como "uma celebração pura e arrebatadora de dance-pop ao estilo de Bruno Mars, com camadas de sintetizadores estilo Jam e Lewis". A Forbes chamou de "faixa disco-pop chiclete" semelhante a "Dynamite", com uma "batida pulsante, de baixo e um refrão delicioso". Assim como "Dynamite", "Butter" não tem nenhuma mensagem pesada. Jimin revelou que não havia nenhum significado profundo por trás da letra e que o objetivo da canção era que ela fosse "simples" e "fácil de ouvir".  o verão, o charme do BTS e uma música alegre e divertida. Foi anunciado o lançamento do remix da música chamado "Butter (Hotter Remix)", como agradecimento aos fãs pelo apoio. Um remix com a rapper americana Megan Thee Stallion também foi lançado. Um CD single de "Butter" e de outro single intitulado "Pemission to Dance", foi lançado em 9 de julho e incluiu versões instrumentais de ambas as músicas. Na identidade e conceitos visuais, vemos o amarelo em evidência, salientado em todo o MV e pelos posicionamentos do grupo frente ao contexto de violência à comunidade asiática. No pós lançamento de "Butter", os membros estavam conversando e RM perguntou: "Nossa, por que nós estamos tão amarelos (na tela)?". j-hope respondeu: "Porque a nossa música se chama Butter", e RM completou dizendo: "E também porque nós somos asiáticos". É uma combinação visual perfeita com a manteiga e uma afirmação de quem o BTS é. 

ORADORA Aurora: Ficou muito marcado esse tom amarelo na música e isso reflete tanto na letra quanto no MV, certo?

ORADORA Lala: Sim sim, a letra de 'Butter' utiliza várias metáforas para descrever o carisma e a atração irresistível dos membros do BTS. A comparação inicial com a suavidade da manteiga 'smooth like butter' pode significar macio, suave, liso para características físicas, pode também ser usado como uma gíria para suave, tranquilo ou ainda intenso mas fluido ao mesmo tempo, e a astúcia de um 'criminoso disfarçado' sugere uma abordagem suave, porém poderosa, na conquista de corações. O uso das palavras “smooth” e “criminal”, também parecem fazer referência a “Smooth Criminal”, do Michael Jackson. Ao serem questionados sobre o significado de “ser suave como manteiga”, RM respondeu: "Você coloca manteiga na panela antes de você colocar o seu filé ou algo assim e a manteiga está derretendo. E, você sabe, é muito suave (*por estar derretendo), mas é quente ao mesmo tempo. Nós queríamos mostrar essa vibe da manteiga derretendo.” A canção brinca com a ideia de calor e frescor, alternando entre 'hot like summer' e 'cool shade stunner', o que pode ser interpretado como a capacidade do grupo de se adaptar e encantar em diferentes situações. A menção ao 'ARMY', destaca a relação próxima e o apoio que eles recebem.O refrão da música, 'side step, right, left to my beat', é um chamado para dançar e se deixar levar pela música. Em 'Butter', o BTS consegue transmitir uma mensagem de autoconfiança e alegria, incentivando os ouvintes a se soltarem e curtirem o momento ao som de seu ritmo contagiante. Já o MV trás a energia e o ritmo da dança. É interessante ver tantas referências, expressões, movimentos e gírias. Como por exemplo, RM quando diz "Faça o boogie assim!", o boogie é um ritmo caracterizado por um movimento rítmico e um compasso. Assim como “Blame It On the Boogie”, dos Jackson 5, podemos entender a frase do RM como: “Faça a dança assim!” ou “Faça o movimento assim!”, e os membros fazem um movimento marcante passando a mão no cabelo e, em seguida, a coreografia. No MV aparece Jungkook beijando a sua mão direita, e como sabemos, tem letras tatuadas que formam não apenas o nome ARMY, mas também as iniciais dos nomes dos membros.

ORADORA Aurora: Eu AMO essa coreografia de mexer no cabelo e beijar a própria mão, e esse detalhe das tattoos do JK! Ele é tão army quanto nós, e eu sou apaixonada nisso! O que mais tem de detalhes nesse MV, Lala?

ORADORA Lala: No MV os membros aparecem segurando plaquinhas: V: 000001 = Segundo o V, essa sequência que caminha dos números 0 para o 1 indica o caminhar para "se tornar o nº 1"; SUGA: 384627 = Segundo o próprio Yoongi, ele escolheu esses números de forma aleatória, sem qualquer significado em especial; Jungkook: 110604 = Observando os números ao contrário, encontramos 04/06/11, ou seja, 04 de junho de 2011, que é a data em que Jungkook chegou a Seul; Jin: 655212 = Segundo o Jin, assim como o Yoongi, ele também escolheu os números de forma aleatória; RM: 201904 = Segundo o Namjoon, os seus números correspondem aos números de um prédio e de um apartamento em que ele morou no passado; Jimin: 141018 = Novamente, olhando os números ao contrário, encontramos 18/10/14, ou seja, 18 de outubro de 2014. Essa foi a data do primeiro grande concerto do BTS, o "The Red Bullet" em Seul; j-hope: 660660 = Hobi explicou que essa sequência de números é utilizada em pagers ou mensagens como um código para 뽀뽀, que em coreano soa como "bbo bbo" e se refere a beijo. No MV, os botões do elevador significam:

- Símbolo do BTS

- Símbolo do ARMY

- B1 a B7 (Provavelmente BTS e 7 membros)

- A de ARMY

Sobre o elevador, RM disse: "Nós também tomamos um elevador em 'DOPE'. Aquele elevador nos tirou do porão e esse está nos levando para o coração dos ARMYs." No MV também aparece um avião, o que é uma constante em alguns MVs do BTS, como "Epilogue: Young Forever", "Fire", "Idol" e "Dynamite". Ele reaparece no MV de "Butter", porém dessa vez não está voando. E para a cena final do MV, j-hope comeu um pedaço de manteiga, que coragem hein, hahaha

ORADORA Aurora: HAHAHA era pra ser sexy, mas nos fez pensar exatamente isso, Lala, que coragem! E as conquistas de “Butter”? Foram muitas que eu sei!

ORADORA Lala: Com o single "Butter", o BTS conquistou muita coisa, como:  Quebra de recordes mundiais do Guinness: Maior número de espectadores simultâneos na estreia de um videoclipe no YouTube, com 3,9 milhões. Vídeoclipe mais visto no YouTube nas primeiras 24 horas, com 108,2 milhões de visualizações. Videoclipe de K-pop mais visto no YouTube nas primeiras 24 horas. Música mais ouvida no Spotify no dia de estreia, com 11.042.335 transmissões globais. Topo na Billboard Hot 100:  Foi a quarta vez que o grupo sul-coreano alcançou o topo do gráfico norte-americano. "Butter" quebrou o recorde de "Dynamite", que obteve mais de 101 milhões de views.

ORADORA Aurora: Ou seja, mais uma era que nos trouxe orgulho e conforto há quase 4 anos. Tem coisas que passam rápido, o exército podia ser uma delas, né? Aff, obrigada Lala, amamos suas informações, mas continuando nas eras, essa que falaremos trouxe o retorno das turnês presenciais do BTS, vamos falar de Permission to Dance. Uma música que é muito importante para mim pois tem a utilização da língua de sinais. E quem conta sobre é a Sara !!

ORADORA Sara: Olá, ARMY. É um prazer estar aqui novamente no POD Armys! E hoje vamos falar sobre uma era muito especial do BTS: a era “Permission to Dance”! Essa era tem um significado único para o grupo e para o fandom, ela carrega uma mensagem de amor, otimismo e renovação que vai muito além da música. Nos tocou de maneira profunda, especialmente num período em que o mundo inteiro precisava desesperadamente de esperança. Então, quero convidar todos a se aprofundarem comigo no propósito, na identidade visual, nas músicas, nos MVs e nos feitos incríveis que essa era nos trouxe. Quando o BTS lançou “Permission to Dance”, o mundo estava enfrentando uma das maiores crises de nossa geração: a pandemia de COVID-19. Pessoas em todos os lugares estavam lidando com perdas, incertezas e um sentimento de isolamento que parecia interminável. Em meio a esse cenário sombrio, o BTS decidiu lançar uma música que não só nos incentivava a dançar, mas que simbolizava liberdade, esperança e o poder de seguir em frente. Eles queriam que “Permission to Dance” fosse um lembrete de que, mesmo nos tempos mais difíceis, ainda há espaço para a alegria e para a leveza. O BTS transformou essa música em um presente para o ARMY e para o mundo inteiro. Eles nos mostraram que a dança é algo que transcende palavras; é uma linguagem universal de conexão e amor. Em essência, esse era um chamado para nunca deixarmos de acreditar que, depois da tempestade, ainda há sol. Para o BTS, “Permission to Dance” é mais do que uma música; é um movimento de esperança e amor que atravessa fronteiras e une as pessoas, trazendo conforto a quem precisa. É o BTS usando sua voz para lembrar a todos que o mundo ainda pode ser um lugar de alegria e celebração.

ORADORA Aurora: E de fato o BTS soube fazer isso com maestria, como sempre, porque essa era realmente tem um lugarzinho em nossos corações. E como foi visualmente essa era?

ORADORA Sara: A identidade visual dessa era é vibrante e marcante. É impossível falar de “Permission to Dance” sem mencionar o laranja, que dominou todo o conceito visual da era. O laranja simboliza alegria, vitalidade, entusiasmo – exatamente o que o BTS queria transmitir. As fotos promocionais, os cenários do MV e até o figurino foram escolhidos com o propósito de evocar essa energia positiva. Vemos os membros do BTS em roupas descontraídas, em cenários ao ar livre, como campos e ruas abertas, que evocam uma sensação de liberdade e leveza. É como se cada elemento visual estivesse dizendo: "Você é livre para dançar, para sorrir, para sonhar!" Essa escolha de identidade visual nos lembra que, em um mundo que ficou “cinza” pela pandemia, nós ainda temos cor, brilho e momentos para celebrar. BTS não nos mostrou apenas uma estética bonita; eles nos deram uma experiência visual que se alinha perfeitamente com a mensagem da música, nos levando a um mundo onde o céu é o limite e onde cada um de nós pode encontrar um pouco de alegria. Eles nos lembraram que, mesmo nos tempos difíceis, a alegria não deve ser esquecida. Como ARMY, é impossível não se sentir inspirado e acolhido por essa escolha visual. Já a letra de “Permission to Dance” é como um abraço. Ela nos leva a um lugar onde as preocupações podem ficar de lado, nem que seja por alguns minutos, e nos convida a dançar, a deixar nossos corpos se moverem sem amarras. Quando eles cantam “Quando tudo parece errado, apenas cante junto com Elton John” ou “Não precisamos nos preocupar, porque quando caímos, sabemos como aterrissar”, sentimos que essas palavras são como uma conversa íntima entre o BTS e nós, uma maneira de dizer que, mesmo nos momentos de queda, temos a capacidade de nos reerguer e de continuar. Essas letras nos lembram que a felicidade é um direito, não um privilégio, e que todos nós merecemos dançar – seja de alegria, seja para aliviar o peso das tristezas. “Permission to Dance” é uma música que fala de maneira direta ao coração, sem rodeios, e faz com que todos, de qualquer idade ou nacionalidade, sintam essa permissão de ser feliz e de acreditar em dias melhores. O BTS criou algo que é mais que uma simples canção: é uma mensagem de cura, de amor incondicional e de esperança.

ORADORA Aurora: Ouvir PTD é ter certeza que tudo vai dar certo e quando a gente assiste o MV, não tem como não sorrir, né, Sara?

ORADORA Sara: Super, Aurora! O MV de “Permission to Dance” é uma celebração em todos os sentidos. Ele começa com cenários amplos e iluminados, em ruas e campos abertos, mostrando pessoas de diferentes origens, idades e culturas dançando juntas. Isso nos lembra que a dança é uma linguagem universal e que mesmo com as dificuldades, todos temos a capacidade de nos expressar. O clipe também inclui crianças, jovens e idosos, ressaltando que a felicidade e a liberdade não tem idade. A inclusão de diferentes estilos e etnias mostra o compromisso do BTS com a diversidade, nos lembrando que todos são bem-vindos. Um dos momentos mais tocantes do MV é o uso da língua de sinais para a palavra “dançar”. Esse detalhe é mais que um simples gesto de inclusão; é uma prova de que o BTS realmente enxerga cada um de seus fãs e está sempre disposto a usar sua plataforma para fazer todos se sentirem incluídos. Ao fazer isso, eles não só celebram a dança, mas celebram as pessoas, em toda a sua diversidade e beleza. Eles criaram um espaço onde cada um de nós pode se ver e se sentir parte dessa mensagem. “Permission to Dance” é um vídeo musical, sim, mas também é um manifesto de amor e respeito por cada indivíduo.

ORADORA Aurora: Para mim foi uma sacada de mestre fazer os sinais para pessoas surdas durante a coreografia, sem falar que foi a única coreografia que eu consigo fazer, viu? HAHA Mas me conta Sara, e como foi o sucesso de PTD?

ORADORA Sara: Apesar das dificuldades e das limitações que a pandemia trouxe, “Permission to Dance” foi um sucesso avassalador que só reforçou o impacto e a relevância do BTS: A música estreou em primeiro lugar na Billboard Hot 100, o que é um feito por si só, mas ainda mais especial foi o fato de que “Permission to Dance” substituiu outra música do BTS, Butter, que já estava dominando a parada. Esse marco foi um testemunho da força das ARMYs e do amor que o mundo tem pelo BTS. Em seu lançamento, o MV foi um dos mais assistidos do YouTube, mostrando a ansiedade e o entusiasmo com que as ARMYs aguardavam mais uma mensagem de esperança do grupo. Essa resposta calorosa fala do poder de conexão do BTS e de como suas músicas têm a capacidade de tocar milhões. E talvez um dos momentos mais emocionantes e orgulhosos foi ver o BTS apresentar “Permission to Dance” na ONU, onde também deram um discurso inspirador sobre resiliência e esperança para jovens de todo o mundo. Essa apresentação foi um momento em que o BTS mais uma vez usou sua voz para falar sobre temas importantes, mostrando que são mais que músicos – são embaixadores de uma mensagem de amor e transformação. Para nós, ARMYs, esses feitos representam o orgulho e a admiração que sentimos pelo BTS. Eles não só nos deram uma música que nos faz sorrir, mas também nos mostraram que o mundo pode ser um lugar mais gentil e inclusivo. Com “Permission to Dance”, o BTS nos lembrou que cada um de nós é importante, que temos valor e que, juntos, podemos transformar a dor em esperança e a dificuldade em uma nova chance de felicidade. Esses foram alguns dos pontos principais, de inúmeros, da era “Permission to Dance”. Foi uma era marcada pela esperança, pela celebração da vida e pela inclusão. Espero que, com essa breve visão, todos possam sentir um pouco do impacto que essa era trouxe para nós ARMYs e para o público em geral. E como ARMY, estarei sempre aqui, pronta para dançar ao lado deles, celebrando cada momento e compartilhando cada sorriso, com muito amor e entusiasmo!

ORADORA Aurora: Sério, vocês terminam seus momentos aqui no PODARMYS de maneira tão linda que eu tô ficando emocionada! Obrigada Sara pela permissão em nos fazer dançar nesse podcast, mas agora chegamos à última era que conhecemos até então, porque outras virão, com certeza! LUA, bem-vinda! Nos conte sobre Proof!

ORADORA Lua: Oi pessoal,  é uma alegria falar com vocês! Em PROOF, o BTS revisita sua história para a abertura de um novo capítulo. "Vocês são a prova da nossa existência, nosso valor, nosso respirar, nosso amor, nossa paz. Vocês são a nossa maldita prova! Nós éramos a bala e vocês eram a nossa prova. Então, agora, nós somos verdadeiramente à prova de balas." Foram essas as palavras ditas no primeiro show de PTD ON STAGE em Los Angeles pelo nosso líder e rei de spoilers, Kim Namjoon. Até que finalmente foi anunciado o título do novo álbum do grupo: "PROOF", ou seja, "PROVA". Além de "proof" ser parte componente de "We Are Bulletproof" – frase que marca a identidade do Bangtan, a escolha da palavra "PROVA" é intrigante e significativa. Como já é claro, esse comeback como um todo foi uma revisita à história e trajetória do BTS. É uma jornada de retorno ao passado que se une ao presente e abre um novo capítulo para o futuro. Assim, na história do grupo, em todos os seus álbuns, músicas, temas, bem como no próprio ARMY, o BTS revela a sua PROVA. A prova da sua jornada e crescimento. A prova de que atravessaram desertos e oceanos, conseguindo alcançar tudo quanto sonhavam e que tantos diziam que não iam conseguir. A prova de que, na unidade entre BTS e ARMY, existe uma história que excede o que é possível expressar em palavras. Para além disso, foi revelado que "PROOF", na verdade, seria um álbum antológico. Afinal, o que isso quer dizer? 

ORADORA Aurora: Eu e toda a audiência do PODARMYs de hoje quer saber! HAHA Conta pra gente!

ORADORA Lua: Bom, na literatura, ANTOLOGIA indica um conjunto de diversos textos ou diferentes obras que abordam uma mesma temática ou mesma autoria. Então, uma antologia seria como uma seleção de textos escolhidos a dedo por um autor que representam da melhor maneira uma vertente literária ou o conjunto das suas obras. Mas olha que interessante: a palavra ANTOLOGIA possui outro significado nas suas origens! Essa palavra entrou na língua inglesa no século 17, vindo de uma palavra grega que significava literalmente "uma coleção de flores". Se tratava, na verdade, de uma referência a uma das primeiras antologias conhecidas na História: "Garland", de Meléagro, cuja introdução comparava cada um dos poetas ali antologizados a uma flor. Assim, em conjunto com essa etimologia, a palavra antologia está presente também na área da botânica para descrever uma coleção de flores diversas. Sabemos bem a importância das flores pro BTS, pro BU e o desenvolvimento dos seus trabalhos desde os primórdios, né? Pense no Smeraldo, nos lírios ou ainda tantas outras flores que foram retratadas – seja em imagens ou letras do grupo. De qualquer maneira, o propósito de “PROOF” foi ser um álbum antológico no sentido de reunir o que marcou a história do grupo até aquele momento. E é bonito pensar que isso não se resume às músicas. Pense naquele vídeo de anúncio da era e tal. As letras O em "PROOF" é formada pela logo do próprio BTS, mas, em seguida, se transformam na logo do ARMY! Voltando às palavras do Namjoon que citamos no início: "ARMY, VOCÊS são a nossa PROVA". A verdade é que não existe BTS sem ARMY, tampouco ARMY sem BTS, de modo que essa antologia que estamos prestes a conhecer revisita a história, emoções, anos da vida não apenas do grupo, mas também das nossas. Por que? Porque somos um. Por isso, nós destacamos tanto pra esse álbum os temas: identidade, história, sonhos e tempo!

ORADORA Aurora: Que explicação digna de Oscar, LUA! Nós somos a PROVA viva que o BTS nos faz mais fortes! E nada melhor que entendermos a identidade dessa era. Conta pra gente!

ORADORA LUA: Cara, pra falar de identidade visual aqui, precisamos olhar pra PROVA e PORTA, que vem nos títulos das fotos-conceito da era, como uma caminhada pela história e identidade do BTS e a própria transição na identidade visual do grupo. E pra esse passeio, retornamos a um vídeo muito especial e pouco explorado – a animação que revelou a nova logo do BTS! Em 2017, o Bangtan anunciou o seu novo logotipo num vídeo oficial. Além de apresentar a nova marca do grupo, também tivemos algo inédito e emocionante: o ARMY, enquanto o fandom que é parte componente do próprio BTS, também ganhava sua própria logo! Agora, aos detalhes! A animação das logos teve início com uma frase: "SEE YOU THERE", que pode ser traduzida como "TE VEJO LÁ" ou, se formos um pouco além, poderíamos até ler como "TE VEJO DO OUTRO LADO". Após essa frase, exatamente como no vídeo que inclusive anunciou a chegada de "PROOF", um pequeno raio de luz na escuridão dá lugar a uma porta que se abre e revela um novo espaço. Desse modo, as logos do BTS e do ARMY eram colocadas diante do mundo como duas partes de algo que se move e expressa como UM. Tanto que, após a divulgação da animação, um dos membros tweetou: "Eu realmente gosto da nova logo. Eu estava muito animado, então eu queria mostrá-la para todos vocês ainda antes. Mais do que qualquer outra coisa, é significativo porque mostra uma imagem de nós e do ARMY conectados como um!!". Na época, em nota à mídia, a Big Hit revelou que a nova logo era inspirada em uma porta "simbolizando a juventude que não se acomoda à sua realidade atual, mas, ao invés disso, abre a porta e vai além para alcançar crescimento". E falando em crescimento, amadurecimento e mudança, a transformação da logo se deu em um período fundamental: pouco antes da chegada de LY, era cujo um dos conceitos é "uma mensagem de paz e unidade para a sociedade vigente", além, é claro, de que, ao buscar se conhecer enquanto cresce, "amar a si se revela como o primeiro passo do amor verdadeiro". Assim, as duas logos – BTS e ARMY – reúnem não apenas duas faces da mesma moeda, mas uma harmonia e receptividade a passado, presente e futuro. Quer algo mais BTS & ARMY que isso? Percebendo ainda a transição do colete à PROVA de balas para a PORTA, podemos também retornar e observar conceitos do grupo durante a Trilogia Escolar. Veja, por exemplo, as fotos-conceito de "O!RUL8,2?", que inclusive trazem semelhanças às fotos da versão PORTA de PROOF! Os tons mais claros, tecidos esvoaçantes... e um BTS que, ainda sob o colete à prova de balas, declarava: "As pessoas devem encontrar a sua própria felicidade antes que seja tarde demais" ou "Você não pode seguir dizendo 'depois', não fique preso aos sonhos de outra pessoa". Eles sabiam que havia muito a ser enfrentado pela frente e que, sozinhos, provavelmente não seria possível. O BTS, no entanto, impulsionou uma geração a correr pelos seus sonhos. Se fez de escudo e colete a uma juventude que queria tão somente ganhar voz. E foi assim que chegamos à logo transformada e à transformação do próprio grupo. Não mais apenas o BTS, mas o BTS e o ARMY – escancarando portas como uma força que se move sobre o mundo como UM com uma mensagem que lança luz sobre a juventude, os sonhos e o crescer em quem se é. Finalmente, gostaríamos de chamar sua atenção para uma frase publicada pelo Yoongi no FANCAFE em 2016. Aproveitando essa discussão e o fato de que ele apareceu segurando uma bússola em uma das fotos de PROOF: "A agulha de uma bússola sempre oscila antes de apontar para a direção correta; a vida é também assim." Bússolas se utilizam do magnetismo para constantemente apontar o norte, sendo um objeto essencial ao longo da história da humanidade para a navegação onde...? Sim, no mar. Já sabemos bem o simbolismo que o mar – assim como o deserto – possui para o BTS. As fotos-conceito PORTA e até mesmo a capa de "Yet To Come", nos tons azuis, podem nos remeter também ao mar, além de portas, né? O mar, no BTS, é onde chegamos a cada passo que damos, cada porta que abrimos na direção dos nossos sonhos. Não quer dizer que o mar é "apenas rosas", pois, no próprio mar, também há areia. Como trabalhamos em MOTS, uma grande luz gera também uma grande sombra, e portanto, para não se perder, é sempre importante lembrarmos QUAL É O NOSSO NORTE. O mar é profundo e vasto e navegar nele pode ser tão complexo e perigoso quanto correr por um deserto, certo? Porém, com uma "bússola" em mãos, mantendo sempre em mente o nosso norte – essência, história, identidade, sonhos, saberemos de onde viemos, onde estamos, aonde queremos chegar e seguiremos a jornada, seja no deserto ou no mar. Assim, nos seus contrastes, o BTS da PROVA – ou do colete à PROVA de balas – protegeu a juventude para que ela mostrasse sua voz e falasse por si e, a depois, o BTS da PORTA – assim como na nova logo junto ao ARMY – abriu as portas para que a juventude que se atrevesse a perseguir os seus sonhos encontre novos caminhos para seguir em frente. PROVA e PORTA. Bangtan é os dois. E a identidade visual de PROOF veio pra mostrar isso!

ORADORA Aurora: E explica pro pessoal, LUA, como a seleção das músicas de PROOF são super bem escolhidas?

ORADORA LUA: PROOF veio trazendo músicas de toda a carreira dos meninos, como a gente sabe. Então não faz muito sentido a gente querer falar de todas elas porque infelizmente precisaríamos de um episódio pra cada uma! Mas vale a pena nos atermos às músicas que despontam em PROOF por serem inéditas ou pelo menos finalmente lançadas em um álbum, né? Então, temos RUN BTS como faixa inédita de PROOF que carrega nostalgia somada ao espírito da jornada dos sete membros até ali. Temos FOR YOUTH como faixa inédita que traz uma mensagem de amor ao ARMY a partir do reconhecimento da caminhada dos últimos anos e da promessa de que esse relacionamento permanecerá pelo resto das nossas vidas. Temos YET TO COME, sendo faixa-título, que traz um olhar sincero do grupo sobre sua história sob a perspectiva de que o momento mais bonito ainda está por vir. Mas a gente queria aproveitar hoje pra enfatizar a existência dela: BORN SINGER, que finalmente veio para ser lançada em uma versão de estúdio e, cara, talvez seja uma música que resume tudo, justamente porque diz de uma essência do BTS que conecta passado, presente e futuro. Falar sobre “Born Singer” é fazer um passeio pelo tempo e revisitar o BTS lá em 2013, para que possamos, depois, olhar e celebrar o BTS do presente. Por isso, precisamos ter conhecimento de dois contextos: Primeiro, “Born Singer” é uma lembrança dos primeiros dias do BTS. A data oficial de debut deles é 13/06/2013, mas eles tiveram o seu showcase de debut no dia 12 e lançaram a faixa exatamente um mês depois, em 12/07, como reflexo dessa experiência. Em segundo lugar, “Born Singer” se baseia numa outra música lançada também em junho de 2013: “Born Sinner”, de J. Cole, que era uma das estrelas em ascensão mais promissoras da cena do hip hop na época. Assim, o fato do BTS ter reinventado - com o coreano e com sua experiência - uma das faixas mais quentes do momento mostrou que o grupo estava atento ao hip hop contemporâneo com muita paixão, além de demonstrarem respeito a um artista que admiravam. "Born Singer”, portanto, está repleta de memórias literalmente dos primeiros 20 dias após o debut do BTS. E poderíamos esperar que o período imediatamente após o debut fosse um momento maravilhoso, de felicitações, mas não foi o caso. Foi ali que, 20 dias após o seu debut, o BTS, composto por jovens nos seus apenas 15 a 19 anos de idade, aprendeu de forma dura que o debut não seria uma linha de chegada, mas somente um ponto de partida. Que o mar sempre poderia revelar em si um deserto azul. Dessa forma, “Born Singer” não é uma música nem feliz, nem triste. Nada estava garantido para eles e, portanto, havia apenas a incerteza e, ao mesmo tempo a esperança. Por isso, essa é uma música nua e crua. É real. E, sendo uma faixa que nasce também do respeito e identidade do Bangtan junto ao hip hop, é na voz da nossa rap line que as emoções do grupo ganham vida de forma intensa nessa letra - cada um com foco em um ponto diferente, mas igualmente impactante e reflexivo. Nos versos do SUGA, vemos a expressão de raiva e frustração diante de falácias de que ele havia mudado completamente por debutar como um idol. Como se tivesse deixado para trás toda sua essência junto ao hip hop apenas por desejar fazer algo diferente sob o nome do BTS. Nos versos do RM, em contraste, mas em companhia à raiva de SUGA, temos medo. O processo de lidar com as expectativas de um mundo que, enfim, parece virar o olhar para lhe ceder o holofote e, ao mesmo tempo, o medo de decepcioná-lo. Com j-hope, resgatamos aquilo que está com o grupo e que faz o BTS ser o BTS ainda hoje: a unidade. Um relacionamento de confiança e diálogo combinado ao convívio cotidiano, de modo que eles mantêm a sua atitude de humildade, essência e intenção original dos seus primeiros dias, bem como o ARMY. E assim, o Bangtan encontra reafirmação de que “Born Singer” é real. E nós só podemos agradecer por escolherem confessar ao mundo que já nasceram tendo música e voz como prova e porta.

ORADORA Aurora: Esses grandes presentes que eles nos deram são mais uma vez a prova do amor deles para nós, Armys! E essa era teve MVs também, certo?

ORADORA LUA: Sim! Em PROOF, é claro que nosso destaque está no MV e no teaser de Yet To Come. Em um vídeo que traz o som do mar, o BTS – com cada membro vestindo roupas que remetem a eras diferentes – aparece no deserto, mas os seus olhos estão em algo que ainda está por vir. V traz em suas roupas e na rosa "Boy In Luv" e a Trilogia Escolar. SUGA traz "War of Hormone", de DARK & WILD, mas também lembra "I NEED U" e "RUN", da era HYYH ( The Most Beautiful moment in life – a duologia sobre a juventude. Inclusive, ele parece estar de pé sobre um piano – elemento fundamental ao seu personagem do BU, que tem em "I NEED U" sua origem. Mas, dessa vez, ao invés de fogo que consumia o piano e o deixava seco e sem vida (como o deserto), vemos flores, assim como outras flores que aparecem aqui na paisagem desértica. Mesmo nas dificuldades do deserto, nós florescemos. Jimin traz "Spring Day" e a soma de WINGS & You Never Walk Alone. j-hope parece trazer referência ao seu personagem do BU que é marcante no vídeo Highlight Reel e, portanto, à era Love Yourself. Jin traz "ON" e MAP OF THE SOUL. É verdade que seu casaco também se parece com "DNA", porém, de forma geral, nas roupas escuras, "ON" e MOTS parecem fazer maior sentido. RM traz "Dynamite" e até mesmo "PTD", o que nos remete à era BE. A verdade é que nos trajes dos membros encontramos traços e semelhanças, por vezes, não apenas a uma era, mas a algumas outras. Prova disso é como os óculos do Namjoon nos lembram também "RUN" ou como o boné do Hobi nos lembra também "NOT TODAY". Por fim, as roupas do Jung Kook não parecem remeter a uma era específica e, portanto, esse pode ser um ponto-chave: Talvez, diga respeito ao BTS do agora, que abre as portas de PROOF. Contudo, o destaque em JK não está nas suas roupas, mas no seu gesto e já voltaremos a isso. "Oceano, deserto, mundo / Tudo é a mesma coisa / É a vida de novo / Onde há esperança / Há desespero". Foi isso que Namjoon disse em "Sea" em 2017, assim como voltaram a discutir temas semelhantes em "Black Swan" em 2020. O oceano não é mil maravilhas, bem como o deserto não é inteiramente seco. Chegamos ao mar ou é mais um deserto? A resposta a essa pergunta é sempre indefinida, mas a verdade é que, depois de tanto vivido na jornada – que se expressa na presença de todas as eras ali com os membros, a resposta já não importa. Por isso, enquanto vemos os membros caminhando pela área desértica no teaser, podemos ouvir também o som do mar ao fundo. Deserto e mar se misturam, se encontram. Não são opostos, mas ambos são parte do que é real. Há areia no mar, assim como há oásis no deserto. Por último, além de todos os props ali relativos a MVs do BTS, com grande impacto do BU, o Jung Kook no MV e no teaser é uma referência absoluta e direta ao vídeo HYYH ON STAGE: PROLOGUE, um curta que marcou a história do BU. Quando Jungkook, em 2015, fechava sua mão num círculo e olhava por dentro dela, o que ele enxergava era o... MAR. E aqui, numa cena com o mesmo movimento, fica evidente: mais uma vez, o foco no mar. Mais uma vez, BTS afirma que o melhor momento, o mais bonito, ainda está por vir e é por isso que constantemente seguimos avançando. É isso que, enquanto juventude somos e fazemos.  Finalizando, caso queira chorar um pouco mais, relembre o que j-hope disse no seu discurso final em Las Vegas ainda em 2022: "É verdade. Como esperado, quando o BTS se encontra com o ARMY, o deserto se torna um oceano." É por isso que o MV e a letra de YTC estão nos dizendo: "Você e eu, o melhor momento ainda está por vir". O BTS pelo BTS. O BTS pelo ARMY. E o ARMY pelo BTS.

ORADORA Aurora: É sempre o pensar positivo, uma esperança no meio do desespero… somos muito felizes em ter o BTS para nós e nós por eles. Por isso, com certeza essa era trouxe muitos feitos importantes pra eles, certo?

ORADORA Lua: Aurora, "PROOF” alcançou uma série de conquistas que reafirmaram a relevância global do BTS. Alguns dos principais destaques são: “PROOF” estreou como número 1 na Billboard 200, sendo o sexto álbum do BTS a conquistar o topo dessa parada, um feito impressionante para um álbum predominantemente em língua não-inglesa. O álbum vendeu mais de 314K unidades na semana de estreia, sendo o maior lançamento em vendas físicas nos EUA para um grupo em 2022. PROOF também atingiu números impressionantes no Spotify. O álbum acumulou quase 48M streams nas primeiras 24 horas, se tornando o maior debut de um álbum coreano na plataforma até aquele momento. Entre as faixas, YTC teve um destaque particular, com aproximadamente 7,1 milhões de streams globais no primeiro dia, se posicionando no top 3 do ranking diário da plataforma. Outras canções do álbum, como "Run BTS," também explodiram, acumulando mais de 5 milhões de streams no primeiro dia. Esses resultados consolidaram PROOF como o maior lançamento de um grupo de K-pop na história do Spotify, além de posicionar várias faixas do álbum nas principais paradas globais da plataforma, um feito sem precedentes para um álbum antológico. O videoclipe de YTC também teve um desempenho impressionante no YouTube. Nas primeiras 24 horas, acumulou aproximadamente 48,9 milhões de visualizações, se destacando como um dos vídeos mais assistidos no período de estreia em 2022. Após o lançamento de PROOF, o BTS também recebeu diversas indicações e prêmios de destaque. Em 2023, BTS foi indicado a três categorias no Grammy, marcando um feito inédito para o grupo, inclusive na categoria Best Music Video com "Yet to Come". Além disso, o BTS também foi premiado em várias cerimônias de premiação em 2022 e 2023 no contexto de PROOF. O grupo recebeu troféus em eventos como o American Music Awards e o Billboard Music Awards, onde continuam a dominar nas categorias relacionadas ao público e às mídias sociais. Também conquistaram prêmios no MAMA Awards e Golden Disc Awards na Coreia do Sul, que homenagearam o grupo em categorias de popularidade e inovação musical, refletindo tanto a popularidade contínua quanto a influência musical duradoura do BTS na Ásia e internacionalmente. Em resumo, todas essas conquistas ilustram mais uma vez o impacto do BTS, confirmando seu lugar no cenário global da música e da arte.

ORADORA Aurora: Eu tô emocionada porque conseguimos encerrar o BTS Eras e de forma muito bonita e com informações importantíssimas para nós Armys, mas o episódio de hoje fica por aqui, aproveito para deixar os meus muito obrigada a todos os ouvintes que estiveram com a gente nessa call e principalmente as oradoras de hoje, as fanbases participantes deste projeto , espero que vocês tenham se divertido aqui conosco, de verdade! /  Vamos sempre demonstrar nosso amor pelos sete, eles merecem demais! / Agora é o momento dos agradecimentos e despedidas. Meninas, o microfone é de vocês!//

FALA FINAL: Obrigada mais uma vez pela call de hoje eu agradeço cada um dos oradores que participaram como ouvintes, vocês são incríveis! E um agradecimento a todos da equipe que fazem o PODARMYS acontecer. / Não se esqueçam de ouvir os trabalhos do grupo e também os individuais, afinal o BTS é um todo de SETE / Dar stream em nossos favoritos não é obrigação é prazer. Ouvir e sentir o que eles têm a nos dizer é extremamente prazeroso./ Bom, esse é o meu momento influencer do PODARMYS, ou seja, compartilhem a call, favoritem e indiquem para mais armys./ Quero lembrar novamente que o pod é um lugar para você se sentir bem, lugar de conforto e encontro./ Então se você tiver alguma sugestão ou gostaria de que algum tema fosse abordado, ou simplesmente gostaria de ser ouvida, pode enviar mensagem na nossa DM, sinta-se em casa!/ O pod foi feito de army para army e vocês sempre serão bem vindos / Nos vemos na próxima call.//